Amar no Escrever

Olhar o mínino, apanhá-lo, exacerbá-lo e racionalizá-lo. Do pensamento para o papel directa e seguramente. As minhas mais inúteis e valiosas premissas.

Thursday, September 07, 2006

Tête-à-tête

Então, tudo bem? (..horas..) Eu depois ligo.te!


Espera! Espera, espera, espera! Tens de saber isto... Tenho abraçado a tua distância com palavras. Expressões, frases e parágrafos errantes que recebo de braços abertos. Junto-os, coordeno-os e corrijo-os optando sempre por apagá-los. Sim, são as palavras mais belas, pesadas e vincadas. Sim, são só tuas.
Pára com isso! Não penses sequer numa palavra e tira já essa expressão carregada; quase me levas a abanar-te e a pedir que acordes... Enervas-me quando te sufocas por me deixares sem dever! Percebes isso? Como queres que te encha se páras logo de inspirar? Tens medo, mágoa ou frio? Se sim abraça-me já! És fraca, burra ou fútil? Não parece mas muitos são e só deprimidos o admitem! Muitos não o sentem por buscarem força, inteligência e sentido na sua consciência, explorando o sítio errado e buscando não mais que a superficialidade. Não me peças palavras se optas sempre por fechar-te em copas. Não conseguirás nunca sentir o que escrevo se seguras o fôlego quando me aceitas. Não terás o direito de sentir que me conheces nem a noção de como te conheço. Não me poderás comparar às estações do ano e perderás o calor do gelo assim como a beleza das folhas mortas. Optas por mais do mesmo antes sequer de me ouvires e nas tuas mais ridículas frases fico preso. Agora respira assim no meu espaço e aprende hoje a sufocar por excesso de ar. Assim, como nunca sufocaste antes.


Volto a mim e reparo que nem o "Espera!" me saiu... Sigo já o meu caminho e rendo-me agora à cobardia por ter sucumbido ao silêncio mais fácil, ainda que morra de vontade de te dizer mais.


- Se tu uscissi del nero e guardassi i colori ti saresti reso conto di verdermi verde lattuga

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