Amar no Escrever

Olhar o mínino, apanhá-lo, exacerbá-lo e racionalizá-lo. Do pensamento para o papel directa e seguramente. As minhas mais inúteis e valiosas premissas.

Tuesday, September 05, 2006

A galinha da minha vizinha...

Suando tolerância e respirando optimismo, luto todos os dias contra a desregulação relacional obrigatória em todas as relações que percorrem o tempo. Aceito o pessimismo dos outros e até a exagerada exigência mas não o negativismo e a descrença.
Abraço com naturalidade a desavença da discórdia e rejubilo com uma discussão cheia de vincos e trejeitos. Amo mesmo o comum e o disruptivo nascidos na formação do conjunto. Enoja-me, no entanto, a desvalorização do que é nosso. Por falta de fraqueza não me corto e quando amo sinto-me parte de um todo.
Debruçando-me sobre o mais simples e comum pergunto: Porque sentem os homens uma mulher garantida depois do sexo? Porque mudam a sua postura? Porque rebaixam mulheres os homens que as amam e os comparam aos homens que as cobiçam?
Todos temos direito a cansar e a parar momentaneamente...
Nos altos e baixos de uma relação fica-me a vontade sobrenatural de passar barreiras amorosas. Aquelas tão naturais como os momentos inesquecíveis. Não admito a descrença e a falta de confiança de alguém por quem daria a minha sanidade. Sinto a minha força quando dou disponibilidade à falta de disponibilidade, quando ofereço tolerância à distância momentânea e quando emprego o meu suor para atar o que é nosso sozinho. Melhor que tudo isso é ser assombrado pelo adormecer sentimental e reagir espontânea e naturalmente a ele, sem nunca esquecer o que sinto e o seu valor. Concordo que naturalmente estejamos rotulados como uma raça incansável na procura do melhor mas raiva tenho daqueles que, perdendo o sentido da coisa, procuram o melhor no que os rodeia e no que lhes escapa. O que vos escapa não é o que buscam! O que vos escapa é somente o que não têm! Se querem fugir ao que têm sejam sinceros explicando o que quiseram ao manter a relação e o porquê de alguém totalmente fantasiado abalar a realidade estática por culpa mútua e principalmente vossa. Amem por amar e não por falta de melhor e vivam então sem desculpas. Na vontade de viver sem descrédito está sem dúvida o ímpeto em partilhar momentos em conjunto e em conjunto crescer até ao verdadeiro limiar da vivência. Nessa vontade abraçamos a fome amorosa e negamos a superficialidade do resto.

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