Amar no Escrever

Olhar o mínino, apanhá-lo, exacerbá-lo e racionalizá-lo. Do pensamento para o papel directa e seguramente. As minhas mais inúteis e valiosas premissas.

Thursday, September 07, 2006

A cota do prédio.

Infelizmente não sofro deste mal mas a maior parte dos meus amigos sofre, e de que maneira, tendo já presenciado várias vezes a potencialidade da coisa quando optamos por ficar em casa de alguém a jogar poker, ver filmes, tocar guitarra e, obviamente, dizer parvoíces. Falo-vos da cota do prédio, um bicho muito comum e muito agressivo munido com algumas de muitas armas possíveis.
A cota em causa tem normalmente uma idade compreendida entre os trinta e cinco e os quarenta e poucos anos. Vem com filhos, com um marido e com as características do costume mas o que a torna "A cota do prédio" é a presença de outras armas. Vem munida de um penteado juvenil solto, nada comum nas mulheres já com algum estatuto social, ou então com um cabelo curto "up to date" arranjado num cabeleireiro de topo. Tem uma altura normal, compreendida entre o 1,63 e 1,70 mas usa sempre, no dia-a-dia, meio salto para ficar mais esbelta e elegante. Veste-se com a classe de uma senhora, com um decote bem vincado, e usa maquilhagem nada exagerada, bem retocada e pouco chamativa. Tendo já um tipo de vida social e capacidade monetária, apresenta-se sempre sorridente e bem disposta assim como aberta ao diálogo entre vizinhos. Usa apetrechos de nível como relógios channel e joalharia fina de ouro branco, não esquecendo os perfumes proeminentes e pouco frutados do estilo Jean Paul Gaultier e Yves Saint Lorent. Apresenta-se com um ar pouco cansado mas altamente profissional e ocupado. Tem portanto uma genica fora do normal aliada a uns trejeitos femininos bem vincados.
O seu marido, no entanto, é sempre o tal homem oito ou oitenta em alguns aspectos. Pode ser formal ou desengonçado, autoritário ou de simpatia chata, extremamente calmo ou estupidamente apressado e muito pensativo ou totalmente inerte. No entanto, têm todos grandes carrões, são workaholics do piorio, andam sempre ocupados e pouco disponíveis para ajudar em casa e para lhe fazerem a companhia desejada. Ao fim-de-semana vão para onde ela manda senão optavam, sem esforço, por ficar o dia todo a ler O Expresso à espera do telejornal e do jogo do Benfica sentados na poltrona com aquele ar de "aiii belo e merecido descanso". Estes homens metem bastante impressão e vincam loucamente a ideia de sexo louco com a boa da cota. Viver com uma mulher daquelas e tê-la como "boa mãe" só me dá vontade de entrar ali à cabeçada... A mim e a muito boa gente!
O problema desta cota é a tensão sexual que nos causa. Estamos habituados a conhecer e a interessarmo-nos por raparigas acessíveis ao flirt mas o raio da cota não dá! Ou têm a sorte de ser uma doida e arranjam pinanço de elevador, e de mês a mês quando o marido vai aos seminários, ou se limitam à mais comum frustração sexual. O que davam meus rapazes por uma pinada com a cota do prédio? Quem tem a ideia que ficaria mal servido sexualmente? Quem reza no elevador para que o puto deixe cair o brinquedo e a mamã se debruce connosco? É que se debruça ela bem rápido pela irritação e nós pela taradice disfarçada de cavalheirismo! Quem é que num dia bom entra no prédio e não pensa: "agora para arrematar a coisa era passar a Dra. Gonçalves para eu lhe mandar um olhar bem controlador e observador e ela me responder com o sorriso pouco inocente do costume!"? Pois... Não são mulheres, são bichos! E esta consciência leva-me a crer que não devemos descansar até ter uma!!!!! Nestas maluqueiras sonhar é viver!!!!

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Aqui a minha vizinha é uma preta feia lol mas a cota boa ta no meu trabalho, bem que apanhava o brinquedo do filho com ela no elevador :D

7:24 PM  

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