Amar no Escrever

Olhar o mínino, apanhá-lo, exacerbá-lo e racionalizá-lo. Do pensamento para o papel directa e seguramente. As minhas mais inúteis e valiosas premissas.

Wednesday, August 30, 2006

Adormecer longe.

Agora o que queria era estar contigo. Dizer-te tudo o que te quis dizer hoje. Falar-te frente a frente até fechares os olhos. Continuar sempre até tombares e parar apenas quando mo pedisses por te sentires acariciada por um mar de palavras só tuas. Palavras soltas para se colarem ao teu corpo e te mimarem incessantemente. Para te levarem ao prazer máximo e chegares à exaustão do sentimento. Para te matarem a sede e a fome de tudo o que precisas e para, por fim, procurares os meus olhos e dizeres: estou cheia. Alimentada optas por dormir e então viajo até ti. Alimento-me com todas as vezes que enches o peito. Com todas as vezes que te mimo o cabelo ou a mais doce pele que conheço. Acordas e procuras-me em primeiro lugar. Sentes-me em ti como sempre e agora tentamos adormecer. No silêncio encontramos o nosso cúmplice pela noite dentro. Nenhuma palavra nos pode descrever assim.

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