Amar no Escrever

Olhar o mínino, apanhá-lo, exacerbá-lo e racionalizá-lo. Do pensamento para o papel directa e seguramente. As minhas mais inúteis e valiosas premissas.

Tuesday, August 29, 2006

Sexo no casal.

Existe em todos os casais, felizes ou menos felizes, um querer sexual. Um querer com diferentes intensidades que vai do "e se fizessemos amor?" até ao "eu tenho de te foder!" passando pelo "ainda agora estava calmo...". Não julgarei esta questão porque pronto; "desde que sejam felizes...". No entanto não posso deixar de escrever acerca disto.
Somos, quase todos, sexualmente medíocres e mesmo os que não são, têm altas probabilidades de amar quem seja. A sexualidade pode crescer livremente mas o limiar entre a libertinagem e a modelação é demasiado ténue neste último caso. São poucos, porém, os que se julgam maus na cama. Procuramos interiormente a sensação de dever cumprido antes da satisfação pessoal. Quando amamos somos assim e na nossa bondade cometemos o primeiro erro. Do "Ah e tal veio-se" até ao "Ah e tal notou-se que gostou". Temos uma natureza sexual pobre. Por natureza só fodíamos para reprodução portanto sempre temos evoluído, ainda que, do meu ponto de vista, muito pouco.
O social leva-nos a crescer sexualmente mas da maneira mais errada possível. Somos incentivados a fantasiar de fora para dentro. Vemos programas televisivos que não servem para mais do que descentralizar o nosso pulsar erótico e fazer do mais valioso a coisa mais fútil. Procuramos então fantasias por procurar saindo da rotina rotinadamente. Somos casais e acasalamos. Leia-se acasalar como foder sob um parâmetro estático. Sob uma receita concebida a certa altura em que ambos os cônjugues acreditam que satisfazem. E tem-se prazer assim e a receita é de manter; não deverá é ser usada 90% das vezes...
O prazer em foder não está só no prazer de acasalar. Foder é mais que isso. É comer o nosso parceiro como nos apetece. É tocar, virar, segurar, trincar, beijar, roçar, falar e explodir da maneira que quisermos consoante o dia que tivemos desde o para que lado acordámos até ao segundo pré-foda. Só se fode verdadeiramente quando se tem a consciência que nada se percebe de sexo. E, claro, quando se tem fome! Preliminares são bons mas é tão obrigatório foder com eles como sem eles. Há que fazer a coisa calmamente e esperar pelo rush pacientemente mas há que foder também até tornar a pornografia ficção por ser demasiado limpinha. Num equilíbrio aberto e desregulado se encontra a total realização sexual. Um equilíbrio trabalhado. Tomem então mais uma razão para se comerem hoje.

2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Clap clap este gajo eh um senhor!!! 5* a escrita 5*os assuntos q aborda! ahah Um abraço zorlakeR ! :D

3:44 PM  
Blogger Prats said...

Deixa-me ser mauzinho mais uma vez. Ao vivo sou melhor pessoa...

"Enough about me,
let's talk about you for a minute.
Enough about you,
let's talk about life for a while.
The conflicts, the craziness and the sound of pretenses falling all around..."
uma famosa fufa frustrada.

Qual era a pobre alma que já dizia: quem quiser que entenda!

7:34 AM  

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