Amar no Escrever

Olhar o mínino, apanhá-lo, exacerbá-lo e racionalizá-lo. Do pensamento para o papel directa e seguramente. As minhas mais inúteis e valiosas premissas.

Sunday, January 28, 2007

O cuidado do começo.

Querer, ter, sentir. Um amigo chama-lhe batota mas não o faço por falta de coragem; por medo do desgosto. Sou apenas imune à paixão curriqueira... Quando me desperta a cobiça prefiro reflectir calmamente sem objectivo concreto. Surpreendido na percepção do seu crescimento sobre alicerces como a volatilidade do ego ou a vontade de amar.
Em mim poucos são os casos assentes num estado de normal temperamento. Sinto nesses a potencialidade de uma mulher optando por esperar calmamente o desenvolvimento sem choque. Em casos de paixão desmedida, recalco mesmo o sentimento guardando apenas o caloroso sabor como algo certo à distância da posse.
O desgosto ao qual fujo acaba por ser um desgosto sem nexo. Preferia ser como tantos e senti-lo em vez de acabar as noites menos quente e mais equilibrado. Sortudos, mais ou menos dramáticos, lembrem-se que nem os cães se deitam sob árvores que não dão sombra.
Ao sol, escrevo pelo pouco que não tombei. Pelo trincar dos dedos. Pelos segundos exagerados em que olho o espelho depois de lavar a cara. Imune ou não, sou resistente e avassalador é o toque de quem me faz perguntar de e a mim mesmo.

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