Amar no Escrever

Olhar o mínino, apanhá-lo, exacerbá-lo e racionalizá-lo. Do pensamento para o papel directa e seguramente. As minhas mais inúteis e valiosas premissas.

Sunday, January 28, 2007

Sorriso Infantil.

Peculiar é a fuga para a criancice. No entanto, fugimos demasiadas vezes para o lado menos positivo. São tantas as coisas que fazemos melhor em crianças. Talvez a mais díspar e importante seja o sorriso. Aprendemos com o tempo a sorrir sensualmente ou educadamente desaprendendo o riso ou esquecendo a sua verdadeira saúde. A ideia apresenta-se universalmente quando apregoamos um sorriso de criança como algo mais belo, único e puro. Com isto abraçamos a incapacidade de voltar a sorrir despreocupada e livremente. Se sorrimos tantas vezes sem cinismo nem maldade porque não fazê-lo como uma criança...
Acabamos então por sorrir atados ao espaço de tal forma que já nem sós sorrimos verdadeiramente. Não fugindo à regra, acabo por esconder umas gargalhadas, uns quantos soluços e parvoíces gestuais. Que outra hipótese tenho senão a de sentir.
Hoje conheci alguém assim. Sorriu-me docemente mas sentiu-o mostrando-me um brilho nos olhos tão natural na sua face e tão raro nas outras. Abriu-me a noção que sorrir não é agora melhor nem pior; é simplesmente diferente. Sinceramente senti-o pela sua raridade como mais viciante e envolvente do que qualquer sorriso infantil. Senti paixão pela vivência apaixonada da vida e garanto-vos que ainda hoje sorri ao acordar verdadeiramente enfeitiçado.

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