Amar no Escrever

Olhar o mínino, apanhá-lo, exacerbá-lo e racionalizá-lo. Do pensamento para o papel directa e seguramente. As minhas mais inúteis e valiosas premissas.

Wednesday, November 01, 2006

Um copo inteiro.

Achei realmente triste... Num estado anti-depressivo e num espaço nunca solitário, perdi sensibilidade na percepção da mágoa dos outros. Fui aberto apenas à tal tristeza rupestre demasiado estravazada; curriqueira. Neste meio ri-se com regularidade mas também se chora a bom chorar. Meio para o qual corri mas ao qual nunca chegarei totalmente.
Há pouco tiraram-me o laço. Alguém sorridente como os outros... Toquei-lhe no ombro para combater solidão e estarreci. Desatou-se logo ao virar dos ombros. No levantar do queixo e no olhar tão vivo em face carregada. Até o cigarro esbatia a pele. Mãos inertes. Lábios incolores.
Sinceramente incapaz gelei sem saber. Perguntei-me se por por ela se por mim e cedo percebi que por muito mais. Escrevo agora porque percebo o momento. Percebo a importância de a ver de maneira diferente e sinto-me bem mais leve e fiel. Não procuro parecenças nem a peso mas desde então sorrio reflexivamente ao seu sorriso. O tal simplesmente mais importante desde o dia.
Pela mais doce sensação ao sorrir digo-vos que achei... Achei realmente triste.

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